A tradicional festa pós-carnaval, o Arrastão da Quarta de Cinzas, que comemora 25 anos em 2020, aconteceu nesta quarta-feira, 26, sob comando de Léo Santana e Danniel Vieira, que arrastaram os foliões mais corajosos neste encerramento.
O Gigante subiu ao trio por volta das 10h30, e agitou a pipoca em quase cerca de 1h30 de show, cantando seus sucessos além de convidar Tico, do Forró do Tico, pra cantarem juntos. Logo atrás veio o trio de Danniel, que homenageou os salva-vidas de Salvador durante sua passagem no Circuito. O artista fechou o evento com as participações especiais de Thierry, Alice Moraes e Rafique, da Banda Mambolada. Por volta das 12h10, os dois artistas se encontraram e cantaram músicas juntos.
Quem acompanhou de perto e não mediu esforços para curtir até o último instante foi o folião Marcos José, de 32 anos, que ainda hoje já volta à sua rotina diária. “Foi tranquilo, começou umas 10h30 e Léo Santana arrastou a maior parte do público, depois veio Danniel, foi massa. Agora acabou. O negócio é descansar um pouco e voltar a rotina porque hoje mesmo eu já volto a trabalhar”, disse.

Com os amigos, a estudante Natália Malu, de 21 anos, afirmou que para o Arrastão só ficam os fortes e é o momento de dar tchau ao carnaval. “Eu achei massa, super legal. Esse é o final do carnaval, e só vai quem gosta e quer se despedir dele. Acompanhei Léo Santana até o Cristo com o pessoal. Infelizmente a festa acabou porque eu trabalho amanhã.”, disse Natália.

Vendas
Segundo os ambulantes do Circuito Dodô, o Arrastão não rendeu lucros para os negócios. A passagem rápida dos trios e a pouca procura dos foliões foram as motivações para muitos deles voltarem para casa com o carro cheio de produtos não comercializados. É o que diz Eliene Santos, de 43 anos. “Não vendi nada, estou saindo com a caixa cheia. Hoje os trios passaram muito rápido, não deram nem uma paradinha. Agora eu só consigo ver se tirei algum lucro quando chegar em casa”, afirmou.
Já para Nadjane Santos, de 44 anos, a festa em si não causou preocupação com a violência, como havia sido durante o Carnaval, mas para as vendas o Arrastão não foi lucrativo. “Foi tranquilo porque não teve confusão mas hoje vendi praticamente duas cervejas. Acho que as vendas caíram hoje talvez por causa do cansaço do pessoal, o calor, são muitos dias de festas, e sem contar que os trios não pararam, seguiu e uma velocidade e a passagem foi em questão de meia hora”, declarou Nadjane que ainda ressaltou os episódios de violência que ela viu se repetir no circuito durante o Carnaval.
“Muita violência e muito roubo. Esse ano eu me surpreendi porque na sexta-feira, teve muito assalto. Teve um rapaz que desmaiou aqui na minha frente. E os policiais infelizmente não podiam fazer nada. Eu tenho 15 anos que trabalho aqui nesse mesmo lugar e nunca vi tanta violência como estava aqui esse ano”, pontuou.
Na contra-mão das baixas vendas, quem conseguiu fazer dinheiro na festa pós-carnaval foi Ricardo Luiz, que após o período de trabalho no Circuito Dodô, diz querer apenas descansar agora. “Para mim foi maravilhoso, não sei para os outros. Sem brigas e sem estresse, só paz. Graças a Deus consegui um lucro bom aqui. Para mim a festa acabou também. Agora é ir para casa, descansar e tomar uma cervejinha”, falou Ricardo.
*Sob supervisão da editora Keyla Pereira
Veja como foi o Arrastão nesta quarta-feira, 26, através dos stories do Grupo A TARDE no Instagram.