Por Rodrigo Aguiar
Além da representação protocolada no Ministério Público da Bahia (MP-BA) contra o cantor Igor Kannário, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) poderá também interpelar judicialmente o artista para que ele explique declarações feitas em relação à Polícia Militar, durante desfile na segunda-feira, 24, no circuito Osmar.
“Quando ele disse, por exemplo, que se algo acontecesse a ele, seria responsabilidade da polícia, pode ser questionado se ele tem alguma evidência nesse sentido”, explicou o procurador-geral do Estado, Paulo Moreno, em entrevista ao Portal A TARDE no Expresso 2222.

O titular da PGE negou que o Estado queira “politizar” o assunto. Kannário é deputado federal pelo DEM, legenda presidida nacionalmente pelo prefeito de Salvador, ACM Neto. Na peça já apresentada, a Procuradoria-Geral do Estado acusa o cantor de agredir e provocar a PM e solicita que sejam tomadas as medidas consideradas cabíveis pelo Ministério Público estadual (MP-BA).
O caso

Na última segunda-feira, 24, durante a sua apresentação em um trio sem cordas, a popular pipoca, o cantor Igor Kannário chamou um policial de “bunda mole” e afirmou que se passasse por algum problema a culpa seria da polícia.
“Venha me tirar daqui de cima, seu bunda mole. Se acontecer alguma coisa comigo a culpa é da Polícia Militar”, declarou.
Devido a fala, o governador da Bahia, Rui Costa acionou a Procuradoria Geral do Estado (PGE) para adotar medidas no caso.
De acordo com informações da Secretaria de Comunicação (Secom), o órgão entrará com uma representação junto ao Ministério Público da Bahia a fim de que adote, no âmbito de sua competência, ações que entender cabíveis em relação às declarações de Kannário. A decisão de acionar a PGE foi anunciada por Rui em uma postagem no Twitter, nesta terça-feira, 25.
“É inaceitável o ato público de desrespeito e agressão contra a Polícia Militar da Bahia registrado ontem no Campo Grande. Acionei a Procuradoria Geral para que o Estado formalize uma representação junto ao Ministério Público da Bahia a respeito deste fato. Medidas cabíveis que estiverem no âmbito do MP precisam ser tomadas em respeito à PM e em defesa da honra de pais e mães de família que fazem parte da corporação”, disse o governador na rede social.